ORCHIDACEAE

Hadrolaelia xanthina (Lindl.) Chiron & V.P.Castro

Como citar:

Pablo Viany Prieto; Tainan Messina. 2012. Hadrolaelia xanthina (ORCHIDACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

EN

EOO:

1.864,862 Km2

AOO:

180,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

Espécie endêmica do Brasil, encontrada na Bahia e no Espírito Santo (Barros et al., 2012). A ocorrência para a Bahia é incerta (Fraga et al., 2009). Encontrada entre 500 e 900 m de altitude (Fraga et al., 2009).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador: Pablo Viany Prieto
Revisor: Tainan Messina
Critério: C2a(i)
Categoria: EN
Justificativa:

<i>Hadrolaelia xanthina</i> é uma espécie muito ornamental, com distribuição geográfica restrita ao Estado do Espírito Santo. Buscas intensivas realizadas recentemente encontraram apenas 101 indivíduos da espécie, sendo cerca de 70 desses no município de Santa Teresa. Portanto, é perfeitamente possível suspeitar que haja menos de 2.500 indivíduos maduros da espécie no total, e que o número de indivíduos na maior subpopulação seja inferior a 250. Também se suspeita que, devido à coleta para fins ornamentais e ao desmatamento e degradação das florestas que habita, esteja havendo um declínio contínuo de sua população; por esses motivos, a espécie foi considerada "Em perigo" (EN).

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Seu epíteto específico refere-se ao colorido de suas flores de tom amarelo, do latim xanthinus (Fraga et al., 2009).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Sim
Detalhes: Apesar de ser comercializada entre R$ 10,00 e R$ 30,00, possui baixo valor de venda devido ao fato de ser pouco atrativa (Fraga et al., 2009).

População:

Flutuação extrema: Sim
Detalhes: Fraga et al. (2009) encontraram 101 indivíduos adultos e 24 jovens em 24 localidades no Espírito Santo. Em Santa Teresa foram encontrados 71% desses indivíduos (Fraga et al., 2009).

Ecologia:

Biomas: Mata Atlântica
Fitofisionomia: Ocorre, em floresta ombrófila densa (Barros et al., 2009).
Habitats: 1.6 Subtropical/Tropical Moist Lowland
Detalhes: Orquídea epífita (RB 528236) ou rupícola (Fraga et al., 2009) encontrada em Mata Atlântica (Barros et al., 2012), em floresta ombrófila densa (Barros et al., 2009), floresta ombrófila aberta, mata ciliar e mata de encosta (Fraga et al., 2009). Ocorre em áreas sombreadas (RB 561877), principalmente no tronco de árvores (Fraga et al., 2009). Floresce entre janeiro e fevereiro e é provavelmente polinizada por moscas. É autocompatível e possui uma baixa eficiência na produção de frutos (Fraga et al., 2009).

Ameaças (2):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
3 Harvesting (hunting/gathering)
Desde a década de 1950 a espécie era coletada na região serrana do Espírito Santo para ser distribuída em Sâo Paulo (Fraga et al., 2009). Todos os espécimes observados por Fraga et al. (2009) em orquidários são provenientes do extrativismo, sendo a maioria proveniente de Domingos Martins.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
O estado do Espírito Santo tinha cerca de 90% de vegetação nativa em 2010 (SOS Mata Atlântic; INPE, 2011).

Ações de conservação (5):

Ação Situação
1.2.1.1 International level on going
Consta no apêndice II da CITES: http://www.cites.org/eng/app/appendices.php; acesso em 18/05/2012
Ação Situação
1.2.1.3 Sub-national level on going
"Vulnerável" (VU), segundo a Lista vermelha da flora do Espírito Santo(Simonelli; Fraga, 2007).
Ação Situação
1.2.1.2 National level on going
"Vulnerável" (VU), segundo a Lista vermelha da flora do Brasil (MMA, 2008),anexo 1.
Ação Situação
4.4 Protected areas on going
Encontrada nas seguintes unidades de conservação (SNUC): Reserva Biológica Augusto Ruschi (ES), Parque do Museu de Biologia Mello Leitão (ES) e Estação Biológica de Santa Lúcia (ES) (CNCFlora, 2012).
Ação Situação
5.7 Ex situ conservation actions on going
Cultivada por A. Aleprande (RB 561782).

Ações de conservação (1):

Uso Proveniência Recurso
Ornamental
​Espécie ornamental (http://sborquidea.files.wordpress.com/2012/02/brasilaelia-xanthina-dawsley-gonc3a7alves.jpg; acesso em 5/6/2012). É reproduzida em laboratório em pequena escala comercial, sendo reproduzida em apenas três orquidários.